sábado, 26 de março de 2011

Hippie II


Sua  chegada por essas paragens foi coberta de curiosidade.
Numa noite sem gdes expectativas, surgiu numa bicicleta
com carenagens de papelão metalíco, cheia de luzes.
Passava a sensação de que havia aterrizado ou
poderia decolar a qualquer momento.
Na aparência se assemelhava a um homem das cavernas.
Cabelos enormes, uma falha gigantesca nos dentes da frente, porém
possuia a doçura de uma criança. Nunca vira  alguém c tanta luz.
Vivia correndo de lá pra cá, de cá pra lá,
ao estilo Forrest gump.
Acampado na praia, vivia dias de tranquilidade.
Do artesanato tirava seu sustento.
Porém, numa manhã chuvosa seu corpo fôra encontrado
boiando no mar. 
Fim trágico.
Sua vida fora ceifada pelo pouco q possuía.
Num mundo onde quem não tem o que perder,
perde a vida.
Hippie I


Homem de feições nobre.
Corpo torneado, músculos definidos.
Aparentando 45 anos.
Porte de galã, apesar da barba e dos cabelos enormes.
Perambulava entre os carros, com um balde na mão.
- Vamos lavar?
Sempre com polidez ao falar.
Qdo questionado sobre o passado, simplesmente sorria.
Possuia um hábito estranho.
Pela manhã, abria os olhos c os dedos e mirava dentro do sol.
Assim ficava por tempos esquecidos.`
É preciso iluminar a alma, dizia.
Uma ricaça se enamorou, o tirou das ruas.
Pincelou o visual.
Hj mora numa cobertura de frente pro mar
e  é chamado de Doutor.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Berualdo

Ninguém sabe bem ao certo como tudo se passou...
os boatos a boca pequena, contam
q de tanto amar acabara enlouquecendo.
Usava sempre um sobretudo preto q destoava
ironicamente da sunga de praia vermelha
de longe se ouvia o arrastar dos seus tamancos.
Sim, criatura estranha e de modos hostis por vezes.
Nas noites de extrema solidão, gritava desesperadamente.
Soltava ali os lamentos da perda da mulher amada.
Nos lampejos de consciência, falava de um tempo bom.
Sorria como criança.
Uma alma q se perdera nos devaneios da dor, hj repousa
oculto na memória popular.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Elas...

E no pequeno povoado tudo aconteceu...
Vinda de terras distantes,
trazia na bagagem sonhos e ilusões.
Acreditava na força dos sentimentos,
por isso deixou tudo p trás.
Nunca tivera medo de arriscar.
Já se acostumara a driblar as perdas
e transformar-las em escola.
Apesar de tímida e até um pouco ingênua,
sempre  guerreira.
Não desistiria de encontrar o amor.
Contra o improvável sua fé fôra mais forte.
Hj caminha de mãos dadas
com sua amada.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Siga-me...

E quem vai dizer o que vai no coração.
O medo de amar,
é maior do que viver na solidão?
Vem... entra na dança
e não diz que não sabe dançar,
se mexa, me alcance... não tema me acompanhar.
Dois pra lá, dois pra cá,
basta se soltar.
O ritmo é lento, sinta-se leve como vento.
Permita-se flutuar.
Rodopia.
Sabe bem, que em meus braços,
nem um mal pode te alcançar.
Só magia e a mais louca alegria
de poder se encontrar...

terça-feira, 15 de março de 2011

Esconde, esconde...


Enqto isso...
o sol brinca de aparecer.
A chuva insiste em ficar.
Os ventos se ausentam...
Tardes preguiçosas,
cansaço de existir.
O ponteiro segue lento,
o velho movimento mecânico
Sentimento de espera.
O coração vira ao avesso
se esvazia.
Pés descalços, passos curtos.
Paz inquietante.
Só consigo pensar... 
como você está?